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quinta-feira, 29 de abril de 2010

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Sabe quando você quer fazer alguma coisa diferente, mas você se dá conta de que diferente hoje em dia á quase impossível? Ou melhor, que na verdade tudo que você pensou de diferente já certamente foi pensado por alguém no mundo? Que nada é inusitado, único e criativo? Então, eu sou/estou assim. Pra começar, eu deveria inevitavelmente acreditar em mim, acreditar no meu 'projeto' e fazer ele dar certo antes de tentar fazer ele dar certo para os outros. Mas eu não consigo acreditar nas minhas idéias, na minha autenticidade, na criação de um novo, num mundo 'velho'. Sou uma desestimulada num meio de turbilhões de criações estimuladíssimas. Mas não quero ser assim! Quero levar fé em um pensamento, fazer ele acontecer dentro de mim e dos outros! Me empenhar por algo que acreditarei dar certo, sei lá... Seria estímulo? E por que diabos não me estimulo por mim mesma? Preciso de esforços externos para acreditar em mim? Isso me irrita... E vejo o tempo passando, a vida passando, as pessoas passsando, a rotina me tomando, a pequenez do meu mundo me cercando... Porque estou deixando ser cercada! Não quero viver com um só olhar da vida! Não quero me fechar em apenas um esteriotipo, experimentar só do meu mundo, me definir e me enclausurar nas características e ações dessa minha definição social e de personalidade. Quero oscilar em tudo, todos. A definição limita. E me sufoca. Acho que por isso não gosto de começar uma coisa que me force responsabilidade eterna ou que desenhe, planeje meu futuro, esclarecendo ele, o definindo! Como, por exemplo, a economia. Eu faço economia hoje para exercê-la amanhã e me sustentar disso, e me atrasar pra buscar meus futuros filhos por isso, me estressar com a queda da bolsa de NY por isso, e ser uma pessoa escritório, dinheiro, carros, trabalho, casa, megalólopes, calculadora, por isso! Quero ser isso? Tudo bem, em parte quero. Mas quero ser muito mais! Quero ser pintora, fotógrafa, dançarina, atriz, quero tocar saxofone, quero cuidar de animais, quero nadar com golfinhos, quero passar semanas numa outra cultura, quero poder viver de arte, ser reconhecida por pensamentos, idéias, feitos, quero o mundo. É querer demais né? Êta ganância... Mas pensando bem, nao é. O mundo está aí pra mim, feito, redondo, acessível. Minha vida está no mundo, as outras vidas que vivem ao mesmo tempo que a minha estão aí também... Vamos nos conhecer! É tanto pra compartilhar e tão pouca coragem pra oferecer e receber... É querer ir e ficar; é explorar o de fora e querer explorar ainda mais o de dentro; é família, é desconhecido; é casa, conforto e rua, descoberta; é amor e paixão; é... É tanta coisa! É tanta coisa construída até hoje que vai ser temporariamente 'desconstruída' ou posta em aluguel. É tanto conceito social que vai se abstrair, é tanto conceito familiar, e por que sempre ter que escolher entre? Quero tudo! Quero ambos! Quero poder viajar e estar em casa; poder viver nessa 'sociedade fútil', ser fútil, e ser alternativa; dançar hip hop em boate de patricinhas e me acabar em boates de hiphop 'de raiz'; ouvir um bom reggae no Convés, e ouvir o mesmo num carro indo pra Búzios; beber um chopp na lapa, um shot no leblon; botar um salto alto estilo prada e havaianas não anatômicas; ouvir um cover dos Beatles e Bicho Solto no Goa; ser fascinada por Harry Potter, pela saga Crepúsculo e apreciar os suspenses de Agatha Christie, a Budapeste de Chico, o anticristo de Nietzsche; Pista 3 na sexta, Baronneti no sábado? É tao ruim assim querer de tudo um pouco ou muito de tudo? Eu quero é provar do que me é oferecido! Eu quero viver o que cada um nesse mundo pode viver, não só o que está aos meus pés. Quero compartilhar! Quero ouvir pensamentos, ver gestos, sentir brisas, sofrer dores, amar paixões! Quero tanto... E no final das contas acabo sentada numa cama, em Icaraí, Niterói, Rio de janeiro, Brasil, América do Sul, postando minhas vontades e anseios num blog. Enfim, que minha mente vagueie... até então. (:

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ok, postarei um texto meu antigo também!
Esse é de Dezembro de 2002. Uma poesia (tentativa):


Solidão

Sentada no banco da praça,
Rodeada por belas flores,
Vejo o céu,
A lua,
As estrelas.

Não falo nada,
Fico quieta,
Nem sequer respiro.

Pois morta estava eu,
E mortos não respiram.

Todos não gostam de mim,
Pelo meu jeito grosso,
Rebelde.

Mas o sol e a lua não,
Elas são minhas amigas.
Pois nem eu falo,
Nem elas respondem.