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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

encontro em desencontro

andava meio perdido
passei por retornos
segui
e me perdi ainda mais:
te encontrei

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

vomitar

há tempos venho sentindo uma necessidade de expressar o que tenho aqui dentro.
e hoje me peguei numa linha cruzada: o que eu tenho aqui dentro?
como alguma coisa que eu não sei identificar me incomoda e insiste em querer ter voz, quando nem ao menos sabe o que quer falar?
e então como escrever isso? como passar para o papel, para o campo do eternizado pela escrita, o que nem sei se existe para um dia se tornar eterno?
como libertar e enxergar essa (materia?) coisa que quer sair de mim?
ou estou externando e materializando algo que de fato sou eu?
serão só duvidas o que me martelam e tentam escapar de mim?
anseiam por certezas?
e por que esse texto permanece repleto de pontos de interrogação?
estão se satisfazendo? estão felizes por estarem sendo expostas?
ou ainda anseiam por virarem certezas?
não sei se serei capaz de matá-las, saciá-las.
não sei nem por onde começar.
até porque.. quem são vocês?
que corpo têm, que cara, que dor, que verdade as rodeia?
que verdade tentam destruir?
o que perderam, o que tentam achar?
por que não se aquietam dentro de mim?
não sou capaz de abrigá-las?
que peso é esse que vocês parecem carregar?
como podem ser o oposto da leveza?
a leveza que almejo.
as incertezas que almejo.
quero opostos.
de tudo.
mas como?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Morte Viva

Minh'alma hoje chora
Ao encontrar-te corpo somente

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

transparente

não sei por que continuo vestida
e não me pergunte por quê
apenas dispa-me

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

mais um maço, por favor

e então não havia mais distância. você estava ali. eu estava ali. e o nós estando ali, por incrível que pareça, não bastava. ainda havia distância. e por quê? sentia meu corpo cada vez mais se aproximando do seu. já não o controlava. percebia o seu fazendo o mesmo. nosso olhar já não se desprendia mais. por muito tempo andaram perdidos, ou talvez achados, mas por olhares vazios. era esse o meu olhar. e dele não me desprenderia mais. e sua boca... quanta vontade guardada havia nos meus lábios. e por que só meus olhos ainda saciavam essa vontade? minha boca, já entreaberta, clamava pelo encontro da sua. seus lábios. sua língua. umedeci minha boca. por alguns segundos, pequenos, admito, me peguei olhando para seu cabelo. estava maior. como queria puxá-los. e trazer junto dele, você. queria cabelo, boca, olho, corpo. queria você. queria eu e você. queria sua pele na minha, sua mão na minha, mesmo que não por muito tempo. permitiria que ela deslizasse pelo meu braço, meu ombro, meus peitos, minha barriga... permitira que você criasse seu trajeto em meio ao meu corpo que, por essa noite, seria seu. e dessas mãos, livremente guiadas, colaria meu corpo ao seu, despida ou não. com uma mão agarraria seu cabelo, com a outra acariciaria suas costas. e não pense que meu rosto nada faria. já estaria embriagada pelo seu cheiro, com a boca prestes a beijar seu pescoço. e nele eu me afogaria. seria molhado, macio. te apertaria mais pra perto de mim, se possível. e com a posse dos seus cabelos, traria sua boca mais pra perto da minha. minha mão já deslizaria pros seus lábios. os contornaria, como que se despedindo da saudade que antes os tomava de mim. aos poucos nossos lábios iriam se encontrando. minha mão já voltaria para seus cabelos. meus dentes já morderiam seu lábio. delicadamente, mesmo que por dentro meu corpo todo ardesse. nossas línguas começariam a se procurar. com calma. elas no fundo já sabiam que se encontrariam de novo. já não haveria quatro pernas, ao menos retas. seriam nós, vontade, saudade. e então nos beijaríamos. não com tanta calma. preencheria seu vazio e o meu. te sugaria. me sugaria. nos tragaríamos. e já deitados, um sobre o outro, saberíamos que aquele seria nosso último cigarro. e assim o foi.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

noite

Somente lua
Somente sua

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

. ou ,?

Hoje fiquei pensando na importância das vírgulas
As vírgulas fazem toda diferença
Mudam muitos significados
Traçam outros caminhos
Nem toda vírgula precede um ponto final
Nem todo vírgula é um ponto final.
Tem vírgulas que acrescentam
Vírgulas que doem
Vírgulas que são necessárias,
Outras, que não
Vírgulas que a gente reluta em colocar
Vírgulas, que, a, gente, bota, em, excesso
Vírgulas que queríamos que fossem pontos finais.
Vírgulas que deveriam ser pontos finais
E pontos finais que queríamos que fossem vírgulas,
São vírgulas e mais vírgulas
Pontos talvez de menos
Talvez. de. mais.
Mas a gente segue escrevendo nossa vida
Seja enchendo-a de vírgulas, pontos, interrogações, exclamações...
Talvez dando reticências demais
Espaço demais


Que saibamos pontuar nossa vida e que mesmo não sabendo, tentemos!
Porque a vida?
A vida é a eterna busca da certeza;

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Que seja leve e me leve

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Perda eterna (vida efêmera)


É a presença da falta
É a falta da presença
É a solidão do presente
É a lembrança em mente

É o preto do branco
A dor da felicidade
O pesadelo muito antes sonhado

É dor, amor, incolor

É a presença do fim
É o fim do presente
É o eterno que o leva sem mim.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

EnFim

Lembrou de esquecer
Esqueceu de lembrar

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Marionete

e então não sabia mais se era ela ou o que queria ser dela queriam que fosse dela.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Me liquido

Subverteu-se em fragmentos do que antes era pura solidez.
Fingida, mas sólida.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pura

Não verbalize tamanha vontade de me ter
Simples, nua
Naturalmente minha e sua