...

...

terça-feira, 31 de julho de 2012

ainda

se meu coração ainda bate por
você ainda mora dentro de mim
to para mim mesma sem pés
o que cada palavra sua significava para cada um
dia sem você não existe no meu dia
rio, você não passa como os dias fazem
do meu calendario data fixa
ação procurando pelo seu gosto
só é o seu beijo, que é boca
do molhado e macio, sua presença se faz amarga como sal
dá de longe dessa dor das outras que senti
mentalizo você sempre perto de mim
to. sim
to.

Abril 2012

quinta-feira, 19 de julho de 2012

simplesmente complicados


por que todo conceito é um conceito?
fico imaginando o quão parecidos nós somos ao ponto de criarmos verdades universais.
vocês nao veem?
por exempolo, por que não se socializar é algo ruim?
só viver com a cara no computador, não falar ao vivo, não olhar ao vivo, não sentir o cheiro, não tocar?
por que?
"que pessoa anti-social"
e por que ser anti-social é 'errado'?
porque o ser humano nasceu para ser um ser sociável?
porque existimos para procriar e continuar existindo? então essa falta de afeto e proximidade nos extinguiria?
ou, se quiserem, outro exemplo: por que saber as coisas ou ser inteligente é algo bom? porque somos criaturas curiosas e devemos representar essa curiosidade de forma a compreendê-la e desvendá-la ao máximo? mas por que?
e se não saber, apenas viver, for tão bom quanto?
até porque toda duvida só existe se há uma verdade, senão não existiria a duvida em torno dela. mas aí vocês questionam já sabendo que alguma coisa vão encontrar? alguma resposta vão obter?
então não questione! ou questione o questionamento. ou não.
às vezes parece que já nascemos de fábrica com conceitos pré-estipulados e verdades pré-concebidas.
matar é errado. assim como roubar.
amar é ótimo. odiar é feio.
família é a base de tudo. (e talvez por isso também o que nos destrói)
amigos são para a vida toda.
comer bem é importante.
tentemos ser imortais!
mas se pararmos pra pensar, quanto mais ordens impormos para nós mesmos, maior é a probabilidade de nos decepcionarmos com nós mesmos. se já estipulamos que amar é o maior bem do homem, quando não amamos nos odiamos. e se odiar é feio, já pecamos em duplicidade! por não amar e por odiar não amar.
e quem não tem familia? ou quem deixa de ter?
que buraco na vida dessa pessoa, não? porque o esperado é se ter familia! você veio de alguém!
que vida infeliz... e a infelicidade é feia!
sempre sofremos em duplicidade?
e se você perde amigos, se afasta, o que há de errado com você?
porque alguma coisa há de ter. o ser humano é sociavel! queremos o bem do próximo e queremos ele perto da gente!
olhem quantas condições nós criamos e quebramos ao longo do tempo!
e percebo que vivemos disso!
nos decepcionamos porque nos deixamos decepcionar.
ficamos tristes porque construimos tal felicidade.
somos tristes por sermos gordos, porque decidimos aceitar/estipular que ser gordo é ruim.
somos deprimidos porque não somos sociáveis, porque é uma verdade nossa que ser sociável é a condição humana.
vivemos unificando as sensações e desejos humanos a ponto de seguir esse conceito geral de ser humano quando muitas vezes a verdade está apenas dentro da gente.
ou pelo menos poderia estar.
em parte.
tentamos achar coisas em comum entre todo ser humano pra poder taxá-las como fixas e princípios, quando na verdade tudo não parte da peculiaridade do que há dentro de cada um de nós.
mas não digo que não somos iguais.
não sou louca de ir contra a ciência e as características que nos designam homos sapiens sapiens.
não só as fisiológicas como as que nos são intrínsecas.
somos seres pensantes, fato, e isso nos torna inevitavelmente em seres errantes.
e duvidosos.
somos complexamente simples.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Para você resumido

e quando penso que penso por mim
seu olhar me diz o quanto penso por nós dois