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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

é a expressao do que sinto transbordado em palavras que não expressam a intensidade do que imagino sentir.

sinto?



é tudo imaginação. (no hay banda)

se fosse imaginação apenas, não seria ruim. saber que é imaginação é o que me fere.



saber não saber não mais me agrada.



é este o momento da redenção à fé.



é esse o meu momento?





e continuo jogada aos braços da dúvida.

que ela me aguente por quanto tempo for necessário.

suportado.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

what if

"Torturava-se com recriminações, mas terminou por se convencer de que era no fundo normal que não soubesse o que queria: nunca se pode saber aquilo que se deve querer, pois só se tem uma vida e não se pode nem compará-la com as vidas anteriores nem corrigi-la nas vidas posteriores. (...)

Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra
certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro.

Tomas repete para si mesmo o provérbio alemão: einmal ist keinmal, uma vez não conta, uma vez é nunca. Não poder viver senão uma vida é como não viver nunca."

Milan Kundera - "A insustentável leveza do ser"

domingo, 7 de novembro de 2010

tired feelings crazy hearts club band

Coração louco
Coração insano
impulsivo
admirador

Coração explorador
Coração temeroso
costurado
remendado

Coração esperançoso
Coração frágil
volúvel
instável

Coração insaciável
Coração certo de incertezas

confuso cansado

Coração meu.


Paixoes sólidas de amores líquidos.
Eis a insustentável leveza do (meu) ser.


tired of not falling. eu quero algo fora do meu controle.
eu quero subordinação. quero querer não querer e ainda assim querer.
quero que me roubem de mim. que me roubem meu amor próprio. diminuam o peso de ser eu comigo mesma. quero precisar, querer, desejar, não ter opção.
quero acreditar no amor. numa paixão que não acho. um conforto possessivo. uma possessividade confortante.
quero ter ciúmes, quero dividir. quero me entregar.
quero querer isso tudo sem querer.
how can i? "Help!"

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

let it

a new post
a new day
a new smile
a new sky
a new sea
a new look
a new head
a new smell
a new tree
a new bird
a new walk
a new life on a post of a day that you smile with the sky upon the sea looking inside my head and smelling the tree where a bird black just walked until it flys away.
was a post
was a day
was a smile
was a sky
was a sea
was a look
was a head
was a tree
was a bird
was a walk
was a life, just was, and will never be again at the life we all are and we all will were. soon.

everybody was, are, will be and would be one day.

was new just be [be new was just]

be.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sou

eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu
eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu eu

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ia

o sol batia
a rua ruía
o vento? ria!

o corpo doía
a mão batia
a boca? ria!

o amor ruía
a dor batia
a mente?

Ria!

o sol ria
o vento ruía
a rua? batia!

o corpo ria
a mão doía
a boca? batia!

o amor ria
a dor ruía
E a mente?


ia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

USI

Às vezes vocês também sentem como se o conhecimento limitasse, condissionasse, ao invés de enriquecer? Muitas vezes me pego rejeitando livros, aulas de filosofia, textos, por me sentir influenciada por suas idéias. Não sei se me cansei do pensamento condicionado, se me irritei com as idéias já prontas, se esgotei meu estoque de princípios de conceitos. Seria uma tentativa de me desgarrar dos princípios, dos axiomas, das premissas? Como partir do zero, se o zero já é um ponto de partida? Minha mente já é condicionada, minhas externidades já internas me influenciam, meus conhecimentos já adquiridos latejam, o questionamento começa a entrar em extinção na selva do meu cérebro. O conhecimento só vem de fora? Do compartilhar? Só saberei lendo, vendo, ouvindo, vivendo? E os primeiros que não compartilharam leram, viram? Se eu me trancasse num cômodo, eu e minha mente, eu e a dedução, a indução, a dedução induzida, a indução deduzida. Como é possível gente? Como é possível o pioneirismo? O inédito? A criação? Não é tudo transformado, transmitido, evoluído? Conseguiria eu ler outros pensamentos sem me influenciar? Conseguiria eu me externar da mente do outro e questioná-la? Ou pelo contrário: conseguiria eu entrar na mente do outro e entender suas tendências, crenças, seu meio, sua época? Tenho medo de ser feita de outros. De ter em mim, nada meu de fato. De ser uma aglomeração de eus externos. De ser um pouco Nietzsche, um pouco Popper, um pouco Fernando Pessoa, Chico Buarque, 'Carrie', Hitler, Globo... Um muito de poucos. Eu só sou eu pela aceitação e rejeição do que os outros foram e são. Sou o que capto e sigo de uns, o que vejo e rejeito de outros. Sou uma máquina de seleção. E me formo e defino a partir dela. Eu me defino enquanto procuro definição (ou enquanto corro dela). Queria poder ser uma máquina de criar idéias, mas a máquina já é uma idéia. A idéia acaba não sendo criada. Idéias condicionadas desde que temos a chance de termos idéias... Que seja, encontro marcado com Kant as 23h no Eldredom. Conseguirei eu não cair nas suas cantadas ou acabarei totalmente influenciada por seu charme alemão? (Que Nietzsche me surpreenda semana que vem e que Rousseau me encante com seu romantismo liberal... Porque pensando bem, eu to mais é pra casos de uma noite só).

quinta-feira, 29 de abril de 2010

?

Sabe quando você quer fazer alguma coisa diferente, mas você se dá conta de que diferente hoje em dia á quase impossível? Ou melhor, que na verdade tudo que você pensou de diferente já certamente foi pensado por alguém no mundo? Que nada é inusitado, único e criativo? Então, eu sou/estou assim. Pra começar, eu deveria inevitavelmente acreditar em mim, acreditar no meu 'projeto' e fazer ele dar certo antes de tentar fazer ele dar certo para os outros. Mas eu não consigo acreditar nas minhas idéias, na minha autenticidade, na criação de um novo, num mundo 'velho'. Sou uma desestimulada num meio de turbilhões de criações estimuladíssimas. Mas não quero ser assim! Quero levar fé em um pensamento, fazer ele acontecer dentro de mim e dos outros! Me empenhar por algo que acreditarei dar certo, sei lá... Seria estímulo? E por que diabos não me estimulo por mim mesma? Preciso de esforços externos para acreditar em mim? Isso me irrita... E vejo o tempo passando, a vida passando, as pessoas passsando, a rotina me tomando, a pequenez do meu mundo me cercando... Porque estou deixando ser cercada! Não quero viver com um só olhar da vida! Não quero me fechar em apenas um esteriotipo, experimentar só do meu mundo, me definir e me enclausurar nas características e ações dessa minha definição social e de personalidade. Quero oscilar em tudo, todos. A definição limita. E me sufoca. Acho que por isso não gosto de começar uma coisa que me force responsabilidade eterna ou que desenhe, planeje meu futuro, esclarecendo ele, o definindo! Como, por exemplo, a economia. Eu faço economia hoje para exercê-la amanhã e me sustentar disso, e me atrasar pra buscar meus futuros filhos por isso, me estressar com a queda da bolsa de NY por isso, e ser uma pessoa escritório, dinheiro, carros, trabalho, casa, megalólopes, calculadora, por isso! Quero ser isso? Tudo bem, em parte quero. Mas quero ser muito mais! Quero ser pintora, fotógrafa, dançarina, atriz, quero tocar saxofone, quero cuidar de animais, quero nadar com golfinhos, quero passar semanas numa outra cultura, quero poder viver de arte, ser reconhecida por pensamentos, idéias, feitos, quero o mundo. É querer demais né? Êta ganância... Mas pensando bem, nao é. O mundo está aí pra mim, feito, redondo, acessível. Minha vida está no mundo, as outras vidas que vivem ao mesmo tempo que a minha estão aí também... Vamos nos conhecer! É tanto pra compartilhar e tão pouca coragem pra oferecer e receber... É querer ir e ficar; é explorar o de fora e querer explorar ainda mais o de dentro; é família, é desconhecido; é casa, conforto e rua, descoberta; é amor e paixão; é... É tanta coisa! É tanta coisa construída até hoje que vai ser temporariamente 'desconstruída' ou posta em aluguel. É tanto conceito social que vai se abstrair, é tanto conceito familiar, e por que sempre ter que escolher entre? Quero tudo! Quero ambos! Quero poder viajar e estar em casa; poder viver nessa 'sociedade fútil', ser fútil, e ser alternativa; dançar hip hop em boate de patricinhas e me acabar em boates de hiphop 'de raiz'; ouvir um bom reggae no Convés, e ouvir o mesmo num carro indo pra Búzios; beber um chopp na lapa, um shot no leblon; botar um salto alto estilo prada e havaianas não anatômicas; ouvir um cover dos Beatles e Bicho Solto no Goa; ser fascinada por Harry Potter, pela saga Crepúsculo e apreciar os suspenses de Agatha Christie, a Budapeste de Chico, o anticristo de Nietzsche; Pista 3 na sexta, Baronneti no sábado? É tao ruim assim querer de tudo um pouco ou muito de tudo? Eu quero é provar do que me é oferecido! Eu quero viver o que cada um nesse mundo pode viver, não só o que está aos meus pés. Quero compartilhar! Quero ouvir pensamentos, ver gestos, sentir brisas, sofrer dores, amar paixões! Quero tanto... E no final das contas acabo sentada numa cama, em Icaraí, Niterói, Rio de janeiro, Brasil, América do Sul, postando minhas vontades e anseios num blog. Enfim, que minha mente vagueie... até então. (:

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ok, postarei um texto meu antigo também!
Esse é de Dezembro de 2002. Uma poesia (tentativa):


Solidão

Sentada no banco da praça,
Rodeada por belas flores,
Vejo o céu,
A lua,
As estrelas.

Não falo nada,
Fico quieta,
Nem sequer respiro.

Pois morta estava eu,
E mortos não respiram.

Todos não gostam de mim,
Pelo meu jeito grosso,
Rebelde.

Mas o sol e a lua não,
Elas são minhas amigas.
Pois nem eu falo,
Nem elas respondem.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ser humano

Bem, esse texto não foi revisado, cortado e arrumado. Então vai conter frases mal pensadas e pensamentos mal fraseados. Mas seguirei com minhas palavras do primeiro post e os mostrarei como a mim vieram. (Saibam que em outras conclusões já cheguei e quem em muitas outras ainda chegarei. Mas, por ontem, essas bastaram). Eis:

Vocês entendem que nada seria tão diferente do que é? Se começássemos tudo de novo, a partir do ser humano, tudo chegaria perto do que se é hoje. Por quê? Simples! O início leva a um meio, certo? Um meio, a outro meio, a outro, talvez a um fim. E se o inicio é o mesmo, o meio parecerá o mesmo, ou tenderá a ser tal qual. Sim, temos escolhas. Escolhas que vem de pensamentos. Pensamentos que vem de... sentimentos? Sentimentos que vem de... Do cérebro? Que vem de... Do homem? Somos então todos iguais? Uma espécie x, com células x, cromossomos y, neurônios z, estrutura óssea w. Alterando-se em w's e y's diversos, que nos diferem uns perante os outros. Porém o que nos iguala? O que não sabemos distinguir. Que seria...? O que sentimos? Vontades, ódios, amores, instintos? Curiosidade, ambições, sabedoria? É como a idéia ingênua e infantil de pensar que se pensássemos no próximo, não cobiçássemos tudo, não almejássemos o excesso, o mundo não estaria assim. Você faria diferente? As coisas não começam do todo, do macro. Elas evoluem, crescem, como nossa sabedoria e curiosidade. É como não reagir aos nossos instintos. É como não ser ser humano. Não nos distinguirmos dos outros animais. Somos o que somos por sermos. Gostamos de experimentar, de saber, de gostar. Dou sempre o exemplo banal da banana e da água de coco. Você nasce em um lugar x. Nesse lugar existem pés de banana. Você cuidou dos pés de banana, os cultivou, ficou horas, dias, se empenhando nele, nas bananas. Elas nascem. Você come. Bom. Te saciou. Você ficou feliz por ter gastado tempo, esforço naquilo e aquilo te fazer bem. Sim... Aquilo era seu esforço, seu trabalho. Um dia, fulano 'a' aparece à sua volta (à sua volta e, conseqüentemente, em volta da bananeira, logo, das bananas que você ficou horas, dias, cultivando, e que te saciaram. Bom.) e mostra que tem uma dor na parte do corpo central onde tem um buraco (barriga) que não passa e você assimila à sua dor, que foi passada com a banana que você cultivou. O fulano 'a' então, diz que viu você enfiando a banana na boca e quer saber o que é isso, claro, quer fazer também. Ele pega então a banana e come. Bom... Ele pega mais banana, mais outra, come todas. Sua barriga dói. E suas bananas? Sua barriga ia doer muito até outras bananas crescerem. Você aguentaria? O fulano 'a', então, mostra um coco à você. E come também, e bebe! Você, curioso, faz o mesmo. A dor passa. você quer mais. Quer passar de vez a dor. Ele não tem mais. Porque ele também quer mais. Mas e as bananas que ele comeu? E você gostou mais do coco. Tinha algo líquido dentro. Você não quer mais as bananas. Mas o fulano 'a' também não. Queremos coco! Mas o fulano 'a' que plantou o coco. Gastou horas, dias, cuidando do coco. Tudo bem, partamos do princípio que fulano 'a' não se importe em morrer de fome e dê seus últimos cocos para você. Vocês morrem de fome. Acabaram os cocos, as bananas. O ser humano aceita morrer sem lutar? O fulano 'a' e você, sim, pelo visto. Mas, que seja, morreram. Extinção da raça humana. Fim! Agora, partindo do princípio do que nos diferencia do outros animais, (nosso raciocínio), e junto, ambições, vontades, e sentimentos, você ia querer ter seus cocos por ter tido trabalho os cultivando. Ok. Vamos dividir... Te dou umas duas bananas e você me da 5 cocos. Ok de novo. Partamos do principio que fulano 'a' não se importasse de dar muito mais do que você com suas duas bananinhas magras e ele com seus 5 cocos gordos e pesados que deram horas e dias de trabalho a ele. Você come seus cocos. E ele quer mais banana. Mas e você, quer cocos? Não. Já bebeu e comeu os cinco. Mas ele quer bananas!!! Você vai e dá pra ele suas bananas e pronto? Danem-se suas horas e dias de trabalho despendido na sua plantação querida? Ok, partamos do princípio que sim. Você dá suas bananas a ele. Talvez morressem de fome de novo. Ou não. Que seja. Partimos do princípio de ações bondosas e contra os instintos do homem centenas de vezes e partiríamos mais milhares se o que achássemos estar lidando com, fossem seres humanos guiados não por instintos e vontades, mas por certo e errado. O que de fato não existem até serem criados e taxados certo e errado quando já vivenciado por sociedades ou seres humanos em convivência. Temos que entender que queremos. Que fuçamos. Experimentamos. Duvidamos. Sentimos. Se não o fizéssemos não seriamos seres humanos. E não o seriamos hoje. Fomos tentando ajustar nossas vontades e descobertas e possessividades aos poucos e do modo que julgávamos correto ou menos prejudicial pros outros. Caímos então na troca: de dar 'a' pra fulano em troca de 'b'. Dar 'b' em troca de 'c'. E depois percebemos que talvez fulano não quisesse 'b' em troca de 'a'. Embora você quisesse muito o 'a'. Logo, criamos a mercadoria universal. Aquilo chamado 'y' que serviria para trocar por 'a', por 'b', por 'c'... Assim, fulano não precisaria querer 'a' para te dar 'b'. Ele teria 'y', que garantiria que ele pudesse ter qualquer outra coisa depois. Esse 'y', que hoje vem a ser o dinheiro, poderia se chamar outra coisa, ter outra concepção. Mas foi a forma de igualar tudo que queríamos sem termos que querer 'a' para ter 'b' e vice versa. Assim muitos não teriam o que queriam ou necessitariam. (Morte). Concluindo: não seria diferente porque somos todos seres humanos. Não seriamos diferentes porque somos igualmente diferentes dos outros seres. Pensamos, queremos, sentimos, vivemos. E a partir do momento em que vivemos, queremos continuar vivos. E é a certeza dessa vida e a incerteza da morte que nos rege ao egocentrismo da sobrevivência, e ao poder de nossas necessidades e vontades. Sim, o máximo que conseguimos é explicar com o inexplicável. E que isso nos baste até então. Boa noite irmãos. E que o altruísmo não nos leve ao nosso fim!

Bem, foi esse o texto de ontem. Mas tais idéias não me bastaram. E ao reler o texto e tentar corrigí-lo, me vieram outras idéias na cabeça e, assim, outras conclusões. Que tentei escrever nesses mais micro quatro textos abaixo. Se você chegou até aqui, leia-os. Pois são minhas idéias agora, não as que você acabou de ler.

Vocês perceberam que foram as ações humanas que salvaram os fulanos a e b? Que se fossem guiados pelos seus instintos animais ambos teriam morrido? Somos heróis! Somos bons. Somos o lobo do homem porque os animais são os lobos dos animais. Mas nossa racionalidade nos mantém vivos. Somos anjo e diabo, dúvida e certeza, pensamentos e ações, vontades e fazeres, instintos e conclusões. Assim como Deus escreve certo por linhas tortas, nós também. Na verdade, Deus tá mais pra escrever errado por linhas certas e nós consertando seus erros tendo que entortar um pouco as linhas.

Acho que, na verdade, como animais racionais, fazemos jus aos nossos dois nomes. Parte de nós é instinto de sobrevivência animal e parte racionalidade social. Quando pensarmos em bondade perante o próximo, pensemos que além de humanos, somos seres. Um cachorro não se importaria de comer seu bife.

No fim, a nossa racionalidade não nos destrói, e sim nosso instinto animal. Passar a enxergar a natureza como vilã? Concordo, não é algo tão confortável aos nossos olhos. Um ato bondoso o do ser humano, o de se culpar pelo fim do mundo quando na verdade o fim do mundo já é esperado, e nós, somos apenas um remédio para prolongar sua vida. Eis o homem um herói. Quanto a nós? Que nossa máscara nunca caia, e que nosso lado animal continue escondido por trás de nossa generosidade humana!

Nosso lado bom é nosso lado humano. “O homem é bom, a sociedade o corrompe”, i’’m sorry Rousseau, mas tenho que discordar de você. O homem por seu instinto é mau (se de maldade encararmos o egocentrismo, a sobrevivência a qualquer custo e a ganância de viver). Quando a sociedade se cria, naturalmente, como uma solução contra a extinção, o homem se vê salvo de seu ser. De seus instintos. Passa a se conceituar e taxar certos e errados, bons e ruins, como métodos de preservação social. Métodos de preservação humana. Outro dia farei um texto sobre o taxado certo e errado. I’m tired now.

Me contradisse mil vezes nesse testamento acima. Mas o que seria da certeza se não houvesse a dúvida? O que seria do certo se não houvesse errado? E o que seria do ser se não fosse o humano?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

(In)Útil

Inúteis. Utilidades inúteis, inutilidades úteis. Ser(-)humano é ser útil? Me sinto inútil em meio à utilidades. Em meio à utilidade da vida, em meio à utilidade geral. Qual minha utilidade? Utilidade efêmera, temporária, incerta, existente? Nascemos porque é util? Vivemos porque é util? Morremos porque é útil? Nascemos porque é inútil não viver, vivemos porque é inútil morrer e morremos porque é inútil ainda viver? Somos guiados por nossas utilidades? O que taxar útil e inútil? Com que parâmetro de utilidade? Seria útil o parâmetro? E esses pontos de interrogação infindos? Seria útil pensar em útil? Seria útil pensar? Útil? ú tê í éle. l e t r a s que se tornam palavras que por meio do P e nSa me n To se tornam d-e-f-i-n-i-ç-ã-o. É útil ser útil? Um brinde à utilidade do útil (in)útil!