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terça-feira, 28 de junho de 2011

Metamorfose

Não quero ser como eu
Não quero me limitar a mim
Não quero uma alma
Um corpo
Uma vida
Quero ser eu, você, ele
Quero ser seu nos sendo
E do meu ser, ser tudo
De mim, de você, de nós

sexta-feira, 17 de junho de 2011

somos.somos

nao se sabe se e isto
nao se sabe se e aquilo
nao se sabe se e
nao se sabe

nao se sabe se sente
nao se sabe se mente
nao se sabe se sabe sentir
nao se sabe

nao sabendo se sabe saber que nao se sabe se eu sei que nao sei ja sei sabendo nao saber que eu sei se sabe eu sei se sei sem saber se sabe sem saber se saberemos nao sei se sabermos ja sabe seremos sabendo ser nao sabendo ser

terça-feira, 14 de junho de 2011

Reflexo

Quero tudo. Quero tudo que se possa ter nessa vida. Quero tudo porque sei que um dia não vou ter nada. Tudo menos o nada. Nada além de tudo. Tão próximos e tão distintos. Tão homens e tão animais. Tão pacionais para criar e tão gananciosos para obter. Burro o homem que tudo quer sem ter nada a oferecer. Quero nada. Quero nada que se possa ter nessa vida. Quero nada porque sei que um dia não vou ter tudo.





Quero nada. Quero nada que se possa ter nessa vida. Quero nada porque sei que um dia não vou ter tudo. Nada menos o tudo. Tudo além de nada. Tão próximos e tão distintos. Tão homens e tão animais. Tão pacionais para criar e tão gananciosos para obter. Burro o homem que nada quer sem ter tudo a oferecer. Quero tudo. Quero tudo que se possa ter nessa vida. Quero tudo porque sei que um dia não vou ter nada.

sábado, 11 de junho de 2011

now

sexo. amor e sexo. drogas e rock and roll. sem compromisso. sou omisso. a isso. ao instinto carnal sou submisso. nisso. mostro serviço. isso disso isso isso isso isso isso isso isso

ou isto ou aquilo.

e os dois?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Parágrafo

Seus pés ainda tremiam de frio e a única coisa que de fato sabia era que fazia -3 graus em Wertinger, conforme indicava o termômetro da praça mais próxima. As árvores, ainda secas do outono, sequer podiam esquentar quem ousasse repousar sob elas. Os galhos sem vida espalhados pelo chão incomodavam os transeuntes de passadas apressadas. Syrtegus recostou no banco de madeira vazio, ocupado apenas por um jornal do dia anterior. De fato, nada mais seria o mesmo, a não ser, é claro, esse típico cenário gélido de Wertinger em agosto.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Amantes

E quando deu por si era ele.
E dele só restaram delas.
E nelas o rosto dele
Que delas eram ele
E elas.