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terça-feira, 14 de abril de 2015

25 anos de sonho e de sangue e de américa do sul

prestes a fazer 25, paro para pensar o quanto já vivi nesse um quarto de século. já aprendi a andar, a falar, a chorar, sorrir, criar afeto, desapegar, conhecer, esquecer, lembrar, amar, odiar, ou achar que amo, que odeio. já aprendi a aprender, a desaprender, a ter hábitos, a forçar hábitos. a compreender os outros, a não compreender ou não me esforçar para tal. já aprendi a ter religião, a deixar de ter, a falar inglês, espanhol, a achar que faria curso de francês, italiano e mandarim. já dei o primeiro beijo, o milésimo; já namorei, desnamorei, namorei de novo. já tive uma banda, criei uma pedra, salvei formigas. já aprendi a dirigir, arrumei um emprego, dois. já fiz economia, cinema, teatro, continuo na dança. já virei talvez mais de 500 tequilas, comi macarrão na itália, mc donalds em nova iorque, x-tudo na porta do goa. já viajei de carro, de avião, de navio e espero, em breve, de bicicleta. já subi no palco do cavern club, assisti shows do Paul, tive um peixe chamado prudence. já vi milhares de filmes, li 60 livros da agatha christie, me viciei em no mínimo 20 séries. já usei freio de burro, camisinha, pijama na rua. já imaginei tocar, pisar em lugares que ninguém nunca tocou, pisou. já imaginei como seria viver nas casas que eu olhava, imaginei como seria ser outro. já ganhei da minha avó no buraco, perdi na sueca na faculdade, zerei mario world com meus primos. já questionei a existência humana, o modelo econômico mundial, o preço do gudang. já colecionei brindes do kinderovo, gelokos, coleciono copos de tequila. já chorei por não ir pra hogwarts, por não conhecer sandy e junior, por despedidas. já aprendi que odeio despedidas. já fui no maracanã, no coliseu, na casa de centenas de pessoas. já abri e fechei diversas portas, convivi, mesmo que por pouco tempo, com diversas rotinas, tomei café da manhã, lanchei, almocei. já tive músicas preferidas, músicas de viagens, de grupos de amigos, de namorados. já achei que aquele era pra sempre, depois que aquele outro, depois que nenhum, quem sabe ele? já toquei flauta, guitarra, bateria, partes do meu corpo. já plantei feijão no copo com algodão e tenho esse blog. imagino que seja como plantar uma árvore e escrever um livro. tenho três quartos de século para ter um filho.

2 comentários:

  1. Hahahahaha adorei linda!!! Mas tres seculos pra ter filho é mt coisa pera ai hhaha quero ser titia logo!!

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  2. Muito bom. Quero ver escrever o texto daqui há mais 25 anos

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