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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Memórias (em breve) Póstumas do Orkut

Sim, passei a madrugada alimentando minha nostalgia e me despedindo do Orkut.
Aproveitei a TPM e as emoções à flor da pele e comecei a analisar meu rol de comunidades.
Logo de cara me deparei com a comunidade "eU dEsEnHo CuBoS". Admito que esbocei um sorriso e olhei para o cubo desenhado para sempre no meu braço. Mais abaixo surgiu a: "Eu quero um All Star amarelo", que sete anos depois ocupou um espaço no meu armário. Continuei rolando a tela, eram 179 comunidades. Algumas certamente serviam para tentar me caracterizar para os outros, para mim mesma: "eu não sou estranha, sou apenas diferente do que você acha normal"; "eu amo dançar"; "Viciados em Filmes e Séries"; "Eu sou hipócrita"; "amo as coisas simples"; "Eu não sei me definir.!"; "Eu escrevo textos loucos" e por aí vai. Outras poderia adicionar agora mesmo nas minhas páginas do facebook: "eu somo placas de carro!"; "filme de terror: eu não morreria"; "Orgasmo intelectual"; "Sinceridade Inapropriada"; "minha avó quer me engordar", assim como as de diversos filmes que ainda amo, de cantores que ainda ouço e de grupos de amigos que ainda estão do meu lado. Continuava a descer a tela e soltava gargalhadas internas: "Paixões: comer, meus amigos... O que uma vírgula não faz, hein?"; "Fica com Deus. Ok, mas só se ele chegar em mim."; "Só caso se for em Las Vegas, bêbada e com um imitador de Elvis gordo como padrinho" ou "Cadê minha carta de Hogwarts? Minha coruja provavelmente pegou gripe do frango e morreu no caminho". Apareciam também aquelas de indiretas para os flertes da época: "POR FAVOR, SURPREENDA!"; "good writing is sexy"; "Vou ao cinema sozinho". Até que finalmente terminei de ver as minhas quase 200 formas de me definir e percebi que por enquanto minha definição de mim mesma se fazia em grande parte fiel. Meus vícios culturais se mantinham, embora com alguns/muitos acréscimos. Minhas filosofias, dúvidas e meus questionamentos permaneciam, embora alguns aumentados, outros saciados, esquecidos. E que certos problemas sociais ainda não tinham sido resolvidos: "Vamos salvar o Cine Icaraí". Reparei que a "Falta momentânea de léxico" continuava a me perseguir em momentos como esse, mas que tudo bem a baleia azul ser a maior do mundo, eu "mudo de assunto, gosto de azul".
E que no fim das contas, "não importa, somos todos iguais".



Obs.: "Aceito Jesus, se deixar Scrap"

quinta-feira, 4 de setembro de 2014




      p   i  .    n       .   g    o . s   
 .          .d       .  e                    .
c  h  . u          ..   v    .     .  a .      .   .

                   g o t a s
                        de    
                s a u d a d e