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sexta-feira, 11 de maio de 2012

Ela e eu

E quando deito e minha mente se afasta daquilo que durante todo o dia me roubava a atenção... não, eu não relaxava.
Ela ainda assim recorria a você.
E não me pergunte como era sempre você, ou por quê.
Ela (ou eu?) parece ter uma fixação pelo seu rosto, pelo seu cheiro, pela sua risada.
Ela (ou eu?) não esquece seu gosto, sua pele ou sua falta.
Sua falta é tão presente que ela te traz para mim a cada minuto.
Ela insiste em confundir tons de vozes com o seu, mãos com as suas, piadas com as nossas.
E ainda me faz não me achar em outro. Me deixa sozinha mesmo em meio à uma multidão de pessoas. Até eu não me basto.
Ela frisa e me faz frisar: cadê você?
E eu tento, eu corro, eu durmo, eu beijo, eu fujo.
Mas ela te tem com ela.
E então eu também te tenho.
Mas esse te ter não me completa e ela insiste em me fazer sair aos pedaços por aí.
E assim eu vou caminhando. Eu, ela.
E você.

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