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sábado, 24 de outubro de 2009

Dúvida

A certeza do ser humano é o incerto. A dúvida. A morte é a dúvida. Viver a vida, viver a morte, morrer a morte. A incerteza leva ao conforto. O conforto da certeza incerta. As mentiras convictas de verdades desconhecidas. De fato verdades? Há verdade, mentira, certo, errado? É difícil de se dizer sendo humano, vivendo humano, pensando humano, pensando português, pensando línguas, pensando pensamentos humanos. Tudo à volta sendo criação humana. Como fugir do que é humano? Como se desvencilhar do que nos cobre e nos esconde do que não nos é perceptível, quando o que nos faz existir nos restringe a ele? Para que saber? Se quer tanto saber o início quando só se acredita saber um fim (que não se sabe que início gerará). E, de fato, só existe fim porque existe começo e vice-versa. Como tudo no mundo. Ou nao? Só existe distância porque já houve a aproximação. Só existe dor, porque já existiu a não dor. O amor, porque já existiu o ódio. O esmalte, porque existe a unha. São complementos. Que se aproximam. Chegando à aproximação dos opostos, uma vez que um só existe por conta do outro. Logo, se chega à pergunta: e o oposto do homem? Do que dependemos? Natureza? Somos opostos? Um só existe se o outro não existir? Fomos feitos para mais uma vez acabar com a natureza para esta se transofrmar mais uma vez e evoluir da sua maneira? Somos todos fases da evolução da Terra? A destruição que leva ao novo início? Podemos dizer também que o ser humano depende um do outro. Seríamos então opostos entre nós mesmos? Realmente seria o homem o lobo do homem? Nossos instintos e pensamentos meios da nossa própria extinção? E o mundo? Depende de quem? Das tranformações? Da evolução? Dos personagens que agem sobre essas transformações? Sentido... Sentido de olfato, paladar, tato... Sentido de semântica, definição, sentido de explicação. Qual o sentido da vida? Vida? What the hell is life? Por que precisa fazer sentido para a gente acreditar? Por que precisa fazer sentido para a gente viver? Somos tão crentes assim? Aceitemos de uma vez a dúvida! Aceitemos de uma vez a ignorância da inteligência! Porquês, porquês... São porquês sem respostas e ter respostas nem sempre é o melhor caminho. Palavras que me limitam. Aaaah palavras que me limitam. Pensamentos não tão limitados que transbordam e secam rápido demais. Palavras gordurosas que grudam e demoram para sair. Sufocada pelo mundo, pelo homem, pelas criações do homem, pelas certezas que não existem.

Um comentário:

  1. Nossa nuna, quantas palavras você aprendeu desde a `volúpia insana` na sétima serie... Que saudades dos nossos textos.
    Tao bom ler tudo o que vc escreve e notar que você só evoluiu. Cada dia melhor e me dando um orgulhinho interno mais incontrolável. (:
    alias, orgulho em tudo, ne?
    te aaaamo, bergo e mais tudo isso que se diz por aí, em dobro.


    beijos, eu

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