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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

1:34 me conformo: e o sono? (28/06/2010)

E cá estou eu de novo: em uma noite que de tranquila não deveria ter nada e que aparenta ao menos ser esclarecedora, triste e cansativa talvez. 00:50 e ainda me pergunto se vou fazer a prova de cálculo amanhã às 9h. 00:51 e ainda sinto meus pés doendo do prazer de dançar. Prazer? Sim, 00:52 e me questiono se ainda sinto prazer. Prazer nos movimentos, prazer na sensação, prazer em transmitir, em receber, em seguir e ser levada. Dança é expressão sem pressão. É dizer sem falar. Crescer sem aumentar de tamanho. Trasmitir sem tocar. Dançar é "fazer amor com o próprio corpo". É transmitir esse amor, é transmitir sensações através do movimento. E tenho que ter isso em mente. Isso acima de tudo e de todos. Ir dançar porque gosto e não para provar que eu danço. Todos dançam. E não é alguém que vai chegar para mim e determinar se a minha dança é boa, certa e aprovada. Eu tenho que querer mostrar o meu prazer em estar ali, em subir num palco, em transmitir sensações e sentimentos. Pensar em mim, no meu prazer. Mandar à merda toda essa hipocrisia, falsidade, bipolaridade, atitudes infantis; e encarar o meu real motivo em estar, ser, dançar. Não quero pegar lugar de ninguém, roubar ninguém de ninguém. O que é das pessoas é delas e ponto. O que pode ser compartilhado vai ser, ou não. É como compartilhar prazeres, movimentos, passos, sentimentos, idéias, paixões. É um lugar para criar, crescer, compartilhar, e não disputar, excluir. Falta humildade, maturidade, reciprocidade, simplicidade, amor. Amor pela dança. Dançar para comunicar, e comunicar inclui você e o outro(s). Suas idéias vão ser transmitidas, não tem jeito. Sentidas. Seus movimentos vão ser apreciados, transimitidos. Imitados? Não é cópia, é comunicação. Não pensar que roubaram seu passo, e sim que o admiraram a ponto de passá-lo para outros. É inspiração, admiração. Nada se cria, tudo se transforma, se adapta. Tudo se compartilha! É... é sentir prazer em compartilhar! 1:16 e me desespero: e a faculdade?

3 comentários:

  1. Honra seja feita, lindo texto! adorei!
    (anonimo que sempre posta aqui...)
    Abraços!

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  2. Adorei o texto. De verdade. Me levou a refletir... Eu tenho uma dificuldade tremenda em me soltar auhaae sou tímida demais, contida demais... E quando começo a me soltar de verdade em uma sala cheia, me sinto estranha, olho pra mim mesma no espelho e me pergunto quem está ali, e me contenho de novo. E sabe quando eu danço? no banheiro, quando todos estão dormindo, ligo a música que eu quero e meus movimentos fluem, minha mente cúmplice do meu corpo. Ou então sozinha em casa, a música rola solta! E a dança também. Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa! E viro noites me perguntando: Se consigo dançar assim, sozinha, porque não consigo em público? Parece que trava... Mas... sou assim há 18 anos, como lidar? Lido como posso, tento. Vivo numa prisão de movimentos que querem sair e não saem. Bom, sair saem, mas não na hora que deveriam! uaeuha Continuo nas aulas mesmo pelo prazer de trocar idéias com as pessoas, prazer de ouvir várias chapinhas batendo juntas e coordenadas, prazer de ver movimentos que só ficam bem em conjunto, e acima de tudo, como um estímulo a continuar tentando me soltar, me forçando a me soltar. Tenho prazer de dançar, mesmo que às vezes não consiga mostrar. E se não mostro, ninguém sente. Mas eu sinto, e isso basta por enquanto. :)

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  3. Se eu me relevar você vai se decepcionar, mais acho interessante a dança, o movimento das pessoas, o movimento da alma enquanto a música é tocada.

    Acho muito bonito uma pessoa que tem devoção por uma coisa, que tem o dom por aquilo que gosta, não existe dinheiro ou nada nesse mundo que torne isso a coisa mais gratificante para o ser humano.

    Gosto do seu blog, me desculpa por algumas postagens bobas! Eu estou pensando em fazer um, me motivando no seu, quando eu fizer, eu passo o endereço, mais o meu será histórias, ao contrário do seu que são devaneios e poemas, o meu será histórias, claro, sempre anônimo, as pessoas não precisam saber de nada, somente sentir com a alma as idéias.

    Abraços!

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