...

...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Vivemos

E assim, vindo não se sabe da onde, a gente passa a perceber que a vida, que a gente, é muito mais do que nosso corpo, nossa mente, nossos bens, nossos julgamentos, nossas ideias.
a vida, mesmo que nossa, não está nas nossas mãos. não depende só da gente.
e mesmo que isso amedronte, pareça tirar o poder que um dia julgávamos ter, isso nos encanta.
porque essa vida nao é minha, é nossa.
é minha, sua, dele.
e mesmo que se perca parte do corpo, que se perca seus bens, a sanidade, a ética, alguém vai estar com a gente. ou, pelo menos, estaremos aqui.
e esse é o maior bem de todos.
é poder saber que se teve, se perdeu. mas saber.
é saber que sofreu, foi feliz. mas saber.
então mesmo que se esteja na merda, pelo menos se está. então a merda parece menor.
e isso é belo.
e não é que eu tente enxergar coisas boas em momentos ruins.
eu apenas não os vejo como ruins.
se alguma coisa boa ele me traz, sorrio. e percebo como essa parte, mesmo que pequena, pode se sobressair a todas as outras.
e como tudo um dia passa e se transforma na felicidade do ter passado e poder enxergar como passado o que se fazia presente.
e tudo vira felicidade.
As lagrimas do palhaço que fazem sorrir a platéia.
A tristeza que leva à plena alegria.
A de compreender que tanto a felicidade quanto a tristeza, são belas.
São lágrimas, basta você escolher como querer classificá-las.
O palhaço que chora, faz sorrir e no fundo, sorri para si mesmo.
Até mesmo sua tristeza faz sorrir.
Somos eternos palhaços e espectadores.
No fim, lágrimas para felicidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário